Ecoeficiência operacional

O engajamento dos agricultores é essencial para a efetividade do Sistema Campo Limpo. Na imagem, produtor rural de Contenda (PR).

GRI 103-2, 103-3 e 305-5

Como entidade gestora do Sistema Campo Limpo, o inpEV busca avançar continuamente para garantir processos e instalações cada vez mais sustentáveis e eficientes.

 

Os benefícios ambientais da atuação do Sistema são avaliados anualmente por um estudo de ecoeficiência realizado pela Fundação Espaço Eco, organização especializada em avaliações de impacto e ciclo de vida. O levantamento compara o cenário atual real a uma situação hipotética sem a existência do programa de logística reversa, como ocorria até 2002, ano de sua estruturação. De 2002 a 2019, a atuação do Sistema evitou a emissão de 752.658 toneladas de gás carbono equivalente (CO2eq) na atmosfera. Caso ele não existisse e essas emissões se efetivassem, seria preciso plantar cerca de 5,4 milhões de árvores para compensá-las.

O estudo de ciclo de vida reforça o papel do Sistema na promoção de operações produtivas circulares, elevando à máxima produtividade a capacidade de uso e reúso de bens e recursos naturais, mantendo-os na economia e gerando valor, além de reduzir a demanda por matérias-primas virgens (leia mais em Economia circular, Sobre o Sistema Campo Limpo).

O cálculo é atualizado todos os anos e, a cada quatro anos, a metodologia é revisada para se manter alinhada às normas internacionais de avaliação de ciclo de vida de embalagens. São considerados os benefícios ambientais da destinação correta das embalagens e da reciclagem, além do cálculo do impacto da operação do Sistema, como o consumo de água e energia das unidades de recebimento e as emissões de gases de efeito estufa decorrentes da etapa logística.

Vale ressaltar que todas as unidades de recebimento possuem licença operacional e ambiental e alvará de funcionamento emitido pelo Corpo de Bombeiros. Por meio do programa Implantar, o inpEV impulsiona a adoção de boas práticas operacionais, incluindo questões socioambientais nas unidades. O programa considera diversos indicadores e, anualmente, reconhece as 20 centrais mais bem avaliadas. Entre as práticas para tornar as instalações e os processos do Sistema mais eficientes também se destaca a definição de um modelo de central de recebimento sustentável. Em 2019, a nova central de Placas (BA) foi construída segundo esses parâmetros.

 

CERTIFICAÇÃO ISO 9001

Em 2019, o inpEV obteve a recertificação da NBR ISO 9001:2015, norma que trata sobre gestão de qualidade nas organizações, atestando a aderência do Instituto às melhores práticas, que garantem, inclusive, a segurança dos processos, especialmente para os funcionários das unidades de recebimento.

Foi o nono ciclo de auditoria, que incluiu, pela primeira vez, a central de recebimento de Placas, em Barreiras (BA), inaugurada em 2019, e a central de recebimento de Uberaba (MG). Além dessas duas unidades, o escopo da recertificação alcançou as centrais de Boa Vista do Incra (RS), Rondonópolis (MT), Taubaté (SP), Unaí (MG) e Uruçuí (PI).

Foram verificados os processos de recebimento, segregação, processamento, armazenamento e envio das embalagens à destinação final. A recertificação também considerou os processos do inpEV no gerenciamento das centrais de recebimento, da etapa logística e da destinação final das embalagens.

ENERGIA E ÁGUA GRI 302-1 e 303-1

Em 2019, foram consumidos 397 GJ de energia elétrica na sede do inpEV e em sete centrais de recebimento sob a gestão do Instituto: Taubaté (SP), Unaí (MG), Uruçuí (PI), Alto Parnaíba (MA), Boa Vista do Incra (RS), Rondonópolis (MT) e a central de Placa s, em Barreiras (BA), inaugurada no início de 2019.

Dos 197 GJ consumidos pelas sete centrais, 169 GJ foram adquiridos via concessionária de energia e 28 GJ gerados na central de Unaí, que tem sistema fotovoltaico desde o fim de 201 8 – aproximadamente 94% do total consumido na central em 2019 foi gerado na própria unidade. Com a medida, houve uma redução de 86% nos gastos com energia elétrica em Unaí.

A intensidade energética, que equivale ao total de energia elét rica utilizado para destinar 1 kg de embalagem vazia, correspondeu a 63,1 J/kg de embalagem destinada.

Em relação ao consumo de água, a sede do inpEV e a central de Rondonópolis (MT) utilizam água proveniente de abastecimento municipal, enquanto as demais centrais possuem poços artesianos. Vale destacar que, dada a natureza das atividades das centrais de recebimento, o consumo de água é baixo. Todo o descarte de efluentes equivale a esgoto doméstico e é realizado nas redes públicas de coleta.

A central de Rondonópolis consumiu 494 litros em 2019. Não é possível reportar o consumo das demais centrais, pois o monitoramento ainda não é realizado, nem o consumo no escritório do inpEV, já que a medição não é individualizada.